A dislexia é definida, segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), como um distúrbio ou transtorno do aprendizado da linguagem e pode ser uma comorbidade do TDAH. É uma alteração, transitória ou permanente, da compreensão da leitura, soletração, escrita, comunicação expressiva e receptiva, em crianças com adequada acuidade auditiva e visual, interessada na sua aquisição. Ainda, segundo a ABD, a dificuldade no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.
Nas últimas décadas, a dislexia tem despertado maior interesse de investigação e discussão, principalmente porque afeta a capacidade de leitura e este é um instrumento cultural que dá acesso a outros conhecimentos e desenvolvimento de outras capacidades e o não domínio da leitura pode causar danos evidentes, tanto no plano afetivo quanto social.
Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição socioeconômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária, com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico e pode vir associada com o TDAH ou Déficit de atenção.
Para a confirmação deste distúrbio de aprendizagem (dislexia), a criança deve ser submetido à avaliação realizada por uma equipe multidisciplinar, formada por psicóloga, fonoaudióloga e psicopedagoga clínica. Deve-se iniciar minuciosa investigação. Essa equipe deve garantir maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como neurologista, oftalmologista e outros, conforme o caso. Os autores Valle e Valle também concordam com estes procedimentos e acrescentam, ainda, que o diagnóstico eficaz da dislexia permite uma correta intervenção nas dificuldades apresentadas, além de descartar a possibilidade de outros distúrbios correlacionados.
Os lados emocional e cognitivo da dislexia estão sempre entrelaçados, por isso que para o disléxico é importante o apoio, a compreensão, a paciência e a dedicação daqueles que o cercam, pois o fato da criança se sentir diferente dos demais já é um grande desafio, uma vez que este indivíduo terá de vivenciar os efeitos da dislexia, que é uma questão para a vida toda.
Educar a criança segundo a natureza do seu distúrbio, valorizando suas qualidades e ressaltando seu bom desempenho em diferentes áreas, é um meio sábio de torná-la ativa, interessada e responsável em melhorar o seu desempenho.
A autoestima é fundamental para crianças com dificuldades específicas de aprendizagem, porque ela as habilita a entrar no ciclo do êxito. Se elas acreditarem na sua capacidade, reagirão mais intensamente e passaram a se autovalorizar. Em contraste, a baixa autoestima pode causar um ciclo vicioso de fracasso. A criança tenta fugir do fracasso, evitando os desafios.
Para o autor Selikowitz, o desenvolvimento da autoestima tem importantes implicações no futuro da criança. Se uma criança não tiver adquirido boa autoestima até a idade adulta, o resultado será o pouco proveito de suas habilidades acadêmicas. Se tiver boa autoestima, ela provavelmente enfrentará bem a vida, mesmo que suas habilidades acadêmicas sejam limitadas.
Por isso, os pais devem aceitar a insegurança de seu filho, seus sentimentos, sem crítica, procurando enfatizar as suas qualidades positivas e mostrar o quanto é valorizado não pelos acertos (resultados) obtidos por ele, mas pelo esforço em tentar superar as suas dificuldades.
De acordo com Frank, especialista na área de Psicologia Educacional, a dislexia é muito mais que um problema de leitura, pois esta dificuldade se estende na escrita, nas relações espaciais, nas direções, na administração do tempo, na lembrança de palavras e na memória. É a incapacidade de lembrar, por um instante, o sobrenome do seu melhor amigo; é o pânico de saber que a qualquer momento, a confusão mental pode aparecer e esta carga emocional que se origina da perda da memória, em especial, pode ser enorme.
E para salientar há evidências de que as crianças disléxicas possuem problemas com a aprendizagem verbal de longo prazo, como, por exemplo, a memorização dos meses do ano ou as tabelas de multiplicação. Também apresentam dificuldades para encontrar palavras (nomear), pois esta tarefa exige a recuperação de informações fonológicas da memória de curto prazo.
Outra característica muito frequente da dislexia é a dificuldade com a memória, tanto a curto como a longo prazo. Segundo Frank, este é um dos aspectos, emocionalmente, mais doloroso, pois, às vezes, é impossível lembrar-se de certas experiências do passado. Este fato pode levar os indivíduos disléxicos a se esquivar e se isolar para não serem descobertos ou por não saber lidar com essa dificuldade, sentindo vergonha e medo de ser diferente dos
O autor ressalta que, se para uma criança disléxica o tempo levado para lembrar uma simples palavra pode ser extremamente frustrante, e quando fica mais velha, sua incapacidade de evocar palavras (a chamada disnomia) pode causar embaraço ou sentimento de inadequação, aumentando o sentimento de frustração e de inferioridade dos disléxicos. O fato de tanta pressão emocional em dar o melhor de si, pode torná-los agressivos.
Com base nestes pontos abordados é importante salientar que a dislexia é um problema neurológico e não pode ser ignorado, pois nenhum disléxico deixará de ser disléxico, mas com o consistente apoio e encorajamento por parte de familiares e compreensão dos amigos vão ajudar este indivíduo a se conhecer melhor e aprender a viver com seu transtorno e ser bem-sucedido.
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Psicopedagoga, Psicanalista Clínica, Palestrante, Bacharel em Administração de Empresas, especialista-BA na área de Atendimento Educacional Especializado, Escritora/poetisa com livro publicado pela Editora Baraúna e CBJE.