Pode ser fácil, quando temos uma criança com necessidades especiais,seja autismo ou outro transtorno, simplesmente aplicar um rótulo e usá-lo como justificativa para qualquer coisa que ela faça diferente das outras crianças.
Porém, aplicar um rótulo a uma criança, seja ela autista ou não, pode ser uma das coisas mais prejudiciais que se pode fazer como pais.
Isso não quer dizer que se deve negar que a criança seja autista, significa simplesmente que não a definimos por sua deficiência. Nós as definimos, por elas, e seus comportamentos, maneirismos e tudo o que realmente as torna.
Aplicar um rótulo nas crianças com autismo pode fazer com que crenças limitantes sejam estabelecidas em nossas mentes. Como pais, professores, podemos começar no fundo de nossas mentes a acreditar que, porque essa criança tem esse rótulo, elas não serão capazes de fazer muito.
Em vez disso, devemos ajudar essas crianças a serem elas mesmas. O que quer que isso signifique. Devemos, tanto quanto possível, permitir que as crianças com autismo nos guiem e nos mostrem suas habilidades e a partir daí possam viver sua vida familiar e social normalmente.
Uma das maneiras de fazer isso é aceitar a criança com autismo, aceitar o seu modo de ser e de viver. Interaja no nível intelectual delas, permita que elas o liderem, em vez de você liderá-las. Permita que elas o tragam para o mundo delas, em vez de tentar forçá-las a estar no nosso. Quanto mais permitirmos que elas nos permitam conhecê-las, melhor seremos capazes de entendê-las e ajudá-las a crescer.
Os rótulos simplesmente acabam definindo-as e limitando-as. Amá-las e ser guiada por elas é muito mais fácil de ajudar essa criança, do que as definir por uma doença ou rótulo.
Qualquer deficiência ou doença pode afetar a forma como alguém aprende e vive, mas a importância que damos ao rótulo pode ser prejudicial para todos. Em vez disso, permita que a criança que tem autismo seja ela mesma e ajude-a da maneira que puder, sabendo que ela tem a deficiência, mas que não é a deficiência.
Autismo não significa que a criança não pode viver uma vida saudável e feliz. Significa simplesmente que elas não vivem da mesma maneira que nós, e nos mesmos termos que nós. Sendo amorosos, cuidadosos e solidários, podemos ajudá-las a viver da melhor maneira possível, sem defini-las pelos termos de um rótulo. Não tome isso como significando que não devemos admitir que elas têm autismo, simplesmente que elas são crianças, e tem uma maneira peculiar de ser e de viver.
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Socorro Bernardes (Neuropsicopedagoga)
WhatsApp: 7498845 8375
Psicopedagoga, Psicanalista Clínica, Palestrante, Bacharel em Administração de Empresas, especialista-BA na área de Atendimento Educacional Especializado, Escritora/poetisa com livro publicado pela Editora Baraúna e CBJE.