Devido à grande carência de qualificação profissional para o diagnóstico e atendimento à criança autista, Muitas vezes a escola não está preparada para receber este aluno.
“Quando o aluno que chega à escola tem dificuldades em se relacionar, seguir regras sociais e se adaptar ao novo ambiente, tal comportamento é logo confundido com falta de educação e limite. Então os profissionais de educação, por falta de conhecimento, não sabem reconhecer e identificar as características de um autista, principalmente os de alto funcionamento, com grau baixo de comprometimento. Estes profissionais não estão preparados para lidar com crianças autistas e a escassez de bibliografias apropriadas dificulta o acesso à informação na área.” (Santos, 2008, p. 9)
Entretanto, após o diagnóstico de autismo na criança, se faz necessário que o educador tenha demasiada paciência e compreensão para com este, para que ele consiga aprender, pois ele pode apresentar um olhar distante e não atender ao chamado e até mesmo demorar muito para aprender determinada lição. Porém, nada disso acontece porque a criança é desinteressada e sim porque o autismo compromete e retarda o processo de aprendizagem, ela precisa de muito elogio, motivação e carinho para desenvolver sua inteligência.
Conforme santos 2008 é muito importante a continuidade do ensino para uma criança autista, para que se torne menos dependente, mesmo que isto envolva várias tentativas, e ela não consiga aprender de imediato . É preciso atender prontamente toda vez que a criança autista solicitar e tentar o diálogo, a interação, Quando ocorrer de chamar uma criança autista e ela não atender, é necessário ir até ela, pegar sua mão e levá-la para fazer o que foi solicitado. Toda vez que a criança conseguir realizar uma tarefa, ou falar uma palavra, ou enfim, mostrar progresso, é prudente reforçar com elogios. Quando se deseja que a criança olhe para o professor, segura-se delicadamente o rosto dela, direcionando-o para o rosto do professor. Pode-se falar com a criança, mesmo que seu olhar esteja distante, tendo como meta um desenvolvimento de uma relação baseada em controle, segurança, confiança e amor.
Estratégias e atividades
Solicitar às famílias um relatório dos interesses, preferências e coisas que causem agrado e desagrado a cada criança.
Usar preferencialmente materiais de agrado para a criança na aula o no pátio para estabelecer um vínculo com a escola e as pessoas do ambiente escolar.
Em sala de aula procurar trabalhar por períodos curtos, de cinco a dez minutos, em atividades de complexidade crescente, incorporando gradativamente mais materiais, pessoas ou objetivos.
Ao interagir com a criança, falar pouco, somente as palavras mais importantes (geralmente um autista não processa muita linguagem cada vez).
Procurar utilizar gestos simples e imagens para apoiar o que é falado e permitir a compreensão (os autistas são mais visuais que verbais).
Sempre desenvolver rotinas que a criança possa predizer ou antecipar (pela repetição e com o apoio de imagens que mostram o que vai ser feito no dia).
Estimular a participação em tarefas de arrumar a sala ajudar a entregar materiais às outras crianças, etc.
Usar sempre o canal visual. O professor deve ter o objeto na mão diante dos olhos para que a criança possa pegar o objeto tendo o rosto do adulto dentro do seu campo de visão.
Trabalhar de acordo com as capacidades de cada criança para utilizá-las como entrada para as atividades de ensino (pintar, recortar, etc.).
Sempre que possível evitar falar muito, muito alto e toda situação que envolva muito estímulo (pode ser até nocivo para a criança).
Conversar sempre com a criança e questionar como foi a tarde ou o dia anterior, a qualidade do sono ou se houver alguma alteração da rotina para se antecipar a estados emocionais de ansiedade. Em caso de ansiedade, procure utilizar elementos de interesse e preferência da criança, com menor exigência para não ter birras ou maior ansiedade.
Em casos de a criança fazer “birra”, é importante ter algum conhecimento de técnicas de modificação de conduta (time out, desvio de atenção, etc.), porém, a primeira dica é não se apavorar, tentar oferecer outros objetos e, no caso de não conseguir acalmar a criança, explicar à turma o que está acontecendo e desenvolver atividade com o grupo em outro lugar e dar a possibilidade da criança com TEA de se acalmar.
Exemplo de superação para AUTISMO
Temple Grandim é conhecida como a mais bem sucedida pessoa com autismo no mundo, respeitada por todo o trabalho desenvolvido na zootecnia. Vejam o que ela diz:
“Uma pessoa com autismo pode continuar crescendo e se desenvolvendo. Ás vezes os pais cometem o erro de serem superprotetores. Crianças autistas precisam encarar o mundo. Se a criança tem habilidade em matemática, arte ou música trabalhe para desenvolver essa capacidade em uma carreira. Vários grandes músicos, como Mozart, eram pessoas esquisitas com poucas habilidades sociais. Provavelmente elas eram autistas.”
Fontes:
Cartilha da campanha Nacional de Conscientização do autismo. Cãmara dos Deputados, 2015
Autistic disturbance of affective contact, de Leo Kanner, revista nervous Child.
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