O Ser Humano é Capaz de Superar Qualquer Condição

Primeiramente, antes de falar sobre Lazer, o mais importante a ser ressaltado é o seguinte: Ainda que as condições afetem o ser humano de forma contundente, no final das contas, este, com todo o seu poder oriundo de toda sua condição de portador de intencionalidade, pode reagir a isso de tal forma a escolher confrontar as condições, para assim não ser refém delas. Todavia, isto soa confuso, não é mesmo? Assim sendo, uma forma resumida de se referir a isto é: O ser humano é capaz de superar qualquer condição, quando reage a esta de forma funcional, criativa e transformadora.

Dessa forma, o ser humano se torna autêntico e genuíno, a despeito de qualquer estímulo ou condição. Basicamente este é um dos propósitos da vida verdadeiramente humana. Contudo, este ser precisa dinamizar isso, e dinamizar significa utilizar ferramentas para que as situações cotidianas não se tornem automatizadas e impessoais, porque desta forma, o indivíduo pouco a pouco pode ir se transformando em um ser triste, melancólico, e até mesmo deprimido. Predominantemente, na sociedade, essa dinamização é escassa, e isto culmina nas neuroses da massa deste tempo, cuja consequência primordial é o vazio existencial que se estabelece a partir da falta de relações e conexões profundas entre os seres humanos.

O Conceito de Lazer Centrífugo

Assim, todas as vezes que o ser humano é confrontado com esse vazio, essa falta de significado e sentido de existência, ele foge. E muitas vezes esta fuga é caracterizada – entre outras coisas – pela temática deste artigo, o chamado Lazer Centrífugo. Segundo Frankl (2021), o lazer centrífugo é caracterizado como um “fugir de si mesmo”, o que faz o indivíduo “evitar confronto com o vazio interior”; algo que se opõe ao conceito de Lazer Centrípeto, que seria uma atividade que “viabiliza a solução de problemas”, o que permitiria ao ser humano enfrenta-los, visto que este é o primeiro passo para isso (Frankl 2021, pág. 123). Frankl enfatizava que o problema principal se detinha no fato de que o Lazer Centrífugo é predominante na sociedade, e quando isso acontece, agora na interpretação do autor deste artigo, esta se torna majoritariamente adoecida e inautêntica, privilegiando a individualidade e a impessoalidade na sociedade.

Em suma, O Lazer Centrífugo se relacionada à algum tipo de atividade recreativa sem significado. Por vezes, tal lazer pode se caracterizar por presença de promiscuidade, e reflete uma fuga de algum tipo de problema que o sujeito não consegue lidar. Isso instaura um vazio existencial que não permite ao ser humano vivenciar a vida de modo significativo, de acordo com sua subjetividade, valores e vontade. Semelhantemente, a sociedade como um todo adoece e se torna fria, com a busca pelo prazer a qualquer custo se sobrepondo a criação de vínculos sólidos baseados em reciprocidade, humanidade e essência.

 

O Antídoto ao Lazer Centrífugo: Lazer Centrípeto!

Em contrapartida, existe o Lazer Centrípeto, e a ideia deste artigo é pagar o devido tributo a este tipo de lazer, o qual seria importantíssimo para promover o bem estar geral, partindo do princípio de sua natureza múltipla, cooperativa, e mútua entre os seres humanos. Assim sendo, o Lazer Centrípeto deveria se configurar como predominante, sendo evocado através da dinamização de sentido supracitada no segundo parágrafo deste texto. Simplificando, as pessoas deveriam praticar mais este tipo de lazer, trazendo-o à tona através do bom humor, da atenção às pequenas coisas, da preocupação genuína com o outro, do doar-se. Também do estar presente no aqui e agora, do meditar, e principalmente, do amar, desprendendo-se da conveniência e do interesse propriamente dito.

 

O Conceito Humano de se Divertir e ter Lazer

Acima de tudo, talvez não lhe falte tempo, talvez não sejam as ocupações, os trabalhos, as produções, as faltas de resultados, os julgamentos ou as frustrações que limitem a vida do ser humano no geral. Pode ser que o que falta realmente seja sono, calma, possibilidade de perceber os pássaros, as plantas que necessitam de água, o pôr do sol ou mesmo a possibilidade de enxergar o céu estrelado de uma noite inspiradora. O ser humano, pouco a pouco, foi perdendo a sua capacidade ubíqua de aprendizagem, em troca de um caminhar trôpego mediante a brevidade da informação curta e fácil. Foi assim que as redes sociais se tornaram tão prevalentes, se aproveitando dos estímulos aos quais os seres humanos se prendem facilmente, bem como a impessoalidade da sociedade que se torna também sua componente.

Então, o ser humano não só deixou de notar tudo isso, como também justificou sua conduta através da falta de tempo, da atividade frenética que a sociedade demanda, em um tom conformista. Porém isto é um engano, e o ser humano pode perceber que, ainda que a sociedade seja excessivamente ativa, pode haver tempo para um abraço, um caminhar contemplativo, um admirar-se pela natureza, e um beijo provido de verdadeiro amor.

 

Conclusão – Lazer

Em conclusão, este artigo mostra o quanto o Lazer Centrípeto é importante, e o quanto ele deveria predominar em relação ao Lazer Centrífugo. Assim sendo, tais conceitos formulados por Viktor Frankl dentro da concepção logoterapêutica, ajudam a fortalecer e a alertar para o perigo de se viver uma vida fugindo de tudo, e pior ainda, fugindo de si mesmo. O Vazio que domina, e que culmina em tristeza e melancolia, só pode ser superado através da consolidação da ideia de que, ser humano, significa estar em relação, e que tal relação precisa de todos estes componentes do lazer centrípeto, associados com liberdade, responsabilidade e amor.

Porque, em suma, o que faz a vida valer a pena no final das contas, é você saber que, ao final do dia, você desfrutou de cada detalhe possível com aqueles que ama. Um desfrute que vai além da dor e do estresse, realizando assim, pouco a pouco, o sentido da sua vida.

 

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Referências

Frankl, V. E. (2021). A vontade de sentido: fundamentos e aplicações da logoterapia. Paulus Editora.

Lazer Centrífugo e o Fugir de si Mesmo: O Perigo de Viver na Futilidade