“Toda noite eu dormia com a televisão e a luz do quarto acesas. Era uma tentativa de não deixar minha mente nos ataques de pânico que então tomariam conta de todo meu ser. Meu coração disparava em ritmo tão rápido e forte que parecia que ia saltar do peito. Eu ficava sem ar e sentia suores quentes e gelados. Sentia-me tão só e pensava que ninguém poderia passar pelo que eu estava passando. É quase impossível para uma pessoa começar entender o que é sentir isso se ela também não vivenciou uma experiência como essa.” Marie (nome fictício)
Este relato é de uma pessoa que estava em uma crise de pânico. Estudiosos observam que fortes evidências sugerem que muitos, talvez a maioria dos ataques de pânico sejam causados por padrões psicológicos internos de pensamento. Por exemplo, muitas pessoas que padecem dos transtornos de pânico ficam muito tensas ao pensar de antemão em situações em que provocam medo, ou por antecipar nervosamente o próximo ataque ( medo do medo). Elas também podem tender a interpretar os processos que acontecem em seu próprio corpo de maneira irracional e catastrófica.
O transtorno do pânico é uma forma de manifestação mais intensa de ansiedade caracterizada por episódios frequentes de terror, medo e perigo iminente. Ele pode ser causado por uma questão hereditária, por influência de eventos estressantes vividos no momento, ou pelos conflitos decorrentes da infância como uma perda súbita. É necessário que haja tratamento para uma boa saúde mental da pessoa acometida por este transtorno.
O transtorno do pânico se manifesta por:
– Respiração ofegante
– Taquicardia
– Tremores
– Suor intenso
– Dor no tórax
– Diarreia
– Náusea
Diagnóstico
O diagnóstico é definido pelo médico, que leva em consideração critérios como preocupação persistente com a possibilidade de ter crise, preocupação constante com as consequências das crises, crises não decorrentes de substâncias tóxicas, crises sem justificativas. Medo de sair de casa e medo da interação social, sem que haja uma razão, também são indícios.
Tratamento
Terapia comportamental, psicoterapia de apoio e, em alguns casos uso de medicamentos fazem parte do tratamento do transtorno do pânico. Não podemos esquecer que a família do paciente deve ser bem orientada, pois ela será muito importante durante as crises participando de maneira efetiva.
Se você tem alguém na família com o diagnóstico ou sintomas de transtorno do pânico, e a crise vier faça o seguinte:
– Estimule o paciente a participar de centros especializados. Eles oferecem serviços e atividades que auxiliam o tratamento.
– permaneça ao lado do paciente durante a crise toda. A presença de alguém de confiança diminuirá a ansiedade.
– Estimule a respiração lenta e profunda;
– Fale com o paciente usando frases simples e curtas. Evite perguntas e explicações longas.
Fonte: Vida e saúde
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Psicopedagoga, Psicanalista Clínica, Palestrante, Bacharel em Administração de Empresas, especialista-BA na área de Atendimento Educacional Especializado, Escritora/poetisa com livro publicado pela Editora Baraúna e CBJE.